Aldo Barreto, paulistano, aporta no mercado com a edição de seu primeiro disco solo, após passagens por diversos grupos instrumentais e a experiência e maturidade que só a estrada pode dar.
Oque Aldo Barreto, Gene Kupra e Jo Jones tem em comum? Todos eles possuem relação fortíssima com a bateria. No caso do primeiro, foi graças a ela que pode sagrar-se músico profissional; para os outros dois, a consolidação como primeiros mestres deste instrumento, entre outros nomes não menos interessantes.
Movido pela inquietude, inerente a qualquer artista com sede de desbravar os mares da arte, Aldo, apesar de ter dedicado tempo considerável a bateria, passou a sentir vontade de navegar mais fundo. Neste percurso, o baterista ganhou a companhia do percussionista, violonista, cantor e compositor, além do coordenador da Canto do Batuque – Escola de Música.
Em paralelo a tudo isto, o paulista Aldo, ao observar ícones que vão de Gilberto Gil a Lokua Kanza, Caetano e Dave Matthews, passando por João Bosco, Lenine e Sting, descobriu o que mais lhe encantava na música, a mais emocional das formas artísticas:
A canção interpretada pelo próprio compositor, cantando e tocando seu violão. Quando cantamos e tocamos uma canção, está tudo ali! O ritmo, a harmonia, a melodia e a poesia. É uma forma de expressão muito forte e poder me expressar através da canção, definitivamente, tornou-se meu maior sonho.
E este sonho, vivido há mais de duas décadas, ganhou respaldo das duas maiores autoridades do meio artístico: a estrada e, por tabela, experiência, a burilar multiplicidade de artista que atua em diversas frentes, imprimindo estilo peculiar guiado pelo interesse na experimentação, como, por exemplo, quando atuou como baterista, por 18 anos, em grupos instrumentais de música brasileira, de forró, jazz, pop e samba.
Em 1993, junto ao grupo instrumental Ciranda, lança disco homônimo; dois anos depois, junto a outros parceiros, funda a Banda Quixabeira que, em oitos anos, tornou-se referência no mercado forrozeiro de São Paulo; com o quinteto de música instrumental “Sérgio Rossoni Grupo”, lança disco homônimo em 1997 e os álbuns Pescadores e Fogo Cerrado, por ordem, lançados em agosto de 2000 e 2003, pelo selo Zabumba Records e distribuição da Eldorado.
Junto a Aroldo Alves Sobrinho, cantor e compositor, conhecido como Peninha, contribuiu como baterista, em um período que durou de junho de 1999 a junho de 2004, ou seja, 5 anos ao lado de um nome tarimbado da música popular excursionando pelas mais diversas cidades brasileiras.
Finalmente, após apresentações em casas noturnas da capital paulista e interior, projetos da rede Sesc, como Instrumental Sesc Paulista, além de shows no Teatro São Pedro, Choperia do Sesc Pompéia, Sesc Vila Mariana, Fnac, Teatro Crowne Plaza e muitos locais que abrigam a música instrumental, Aldo faz a grande virada na sua carreira: o lançamento de seu primeiro disco solo, Marangê.
Arthur Vilhena